O músico, compositor e intérprete António Vicente “ Santocas” não se calou. Apesar de vários anos ausente das actividades de palco e gravações devido a questões de ordem administrativa, ainda mantém a mesma energia e o dinamismo que sempre o caracterizou.
Para justificar a presença, procederá, em Maio próximo, ao lançamento da sua primeira obra discográfica a solo, intitulada “A Minha Vida, A minha História”, cujo single promocional contempla dois temas,que já estão a fazer sucesso em diferentes estações de rádio do país.
O CD, com 10 faixas musicais, retrata o quotidiano social em toda a sua dimensão e inclui temas de Manuel Rui Monteiro, Agostinho Neto e Paulino Pinheiro. A inclusão de temas de alguns cantores neste disco, segundo o autor, foi a forma mais correcta que encontrou para que os seus contemporâneos há muito desaparecidos possam figurar, para que os fãs saibam, de facto, que eles existem e que podem dar o seu melhor.
O músico referiu, igualmente, que os dois temas promocionais do single servem para medir a pulsação do público, para determinar o que se pode fazer.
“O disco é um produto procurado ao longo dos anos e nós devemos acautelar esta parte para que possamos continuar a vender o nosso produto e cobrir os gastos que nele fazemos”.
O CD conta com participações de instrumentistas angolanos, portugueses, guineenses, espanhóis e alguns africanos residentes em Paris, (França). A sua linha melódica é muito diversificada.
Porém, a principal intenção é interpretar Angola em todas as suas vertentes, começando pelo Uíje, terminando em Luanda. Santocas iniciou a carreira artística aos seis anos em matinés infantis no Bota Fogo, passando pelo Maxinde, Kutonoka, Chá das 6, Ngola Cine, onde viria a afirmar-se mais tarde.
Fonte: O País
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